sexta-feira, março 04, 2005

SOU CAIPIRA PIRA-PORA-NOSSA

Eu não consigo andar bem
Vivo o maior rebuliço
Chego a imaginar também
Que me puseram feitiço

Sempre muito magoada
Sempre muito saudosa
Não levo a vida ditosa
De mulher apaixonada

Mas há algo que existe
A coisa até que é jeitosa
Meu coração não resiste
Pois é graça preciosa

No doce toque da viola
Tudo muda de repente
É ela quem me consola
De triste, passo a contente

Ao pontear com o Almir
Me arrasta Renato Teixeira
Ensaio um novo sorrir
Sinto-me até mais faceira

Arrisco meu sonho de amor
Com cheiro de mato apeiro
Rendo-me ao vivo calor
Ardendo não só co’a viola
Se em brasa me olha o violeiro

(Dedicado a Patativa do Assaré)

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