quinta-feira, dezembro 27, 2007

ANIVERSÁRIO


O que são três anos
O que pode representar tão curto espaço de tempo
frente ao tempo
Para alguns setores de minha vida
foram acréscimo
Em outros, perda
No trabalho, o empenho de sempre
Com a família, algumas aflições,

muitas alegrias
Os netos moços companheiros
A neta, que ainda nem existia, correndo pela casa

- vovó!
Os amigos, sempre amigos queridos
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E os escritos...
Hoje o “Oceanos e Desertos” completa três anos
Fui tentada a fazer um balanço
do que vivi nesse espaço
Não mais rascunhos

em pedacinhos de papel
amassados e esquecidos

no fundo de bolsas e gavetas
Até minha rotina se modificou
Quando nas profundezas do oceano
prestes a perder o fôlego

encontro aqui uma ilha aprazível
Das areias quentes dos desertos
ressequida pela sede

deparo-me com meu oásis
Se o sol é tépido e a brisa fresca
trato de falar de amor
E escrevo, reviso, procuro a palavra certeira
Tento dar a melhor forma

para a inquietação do momento
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Aqui celebro alegrias
Aqui depuro minhas dores
Aqui canto o amor
.
Ah, as letras impressas na tela
Mostram-me o que escondo de mim
Às vezes volto a textos antigos arquivados
Quando os releio sinto que recupero minha história
E os comentários, então, até hoje, causam enorme prazer
Chego a ter a ilusão de ser uma poetisa de verdade
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Mas o melhor de tudo, é a teia que tecemos
Sinto-me privilegiada
Muitas faces nem conheço
Conheço palavras
impressões digitais dos corações
Lindos corações que se unem e se irmanam
Somos uma comunidade original
Estamos construindo uma nova forma

de relacionamento humano
Poder, riqueza e perfeição física

deixam de ser valores
O que nos cativa é a verdade da palavra
Daquela que brota pura
Direto da alma
Mostrando a beleza

inerente a toda criatura
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Três anos e uma nova dimensão
Um novo ponto de vista
Pessoas maravilhosas
Um novo mundo
Uma grande felicidade
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Agradeço a todos os amigos e amigas
por tão enriquecedora convivência

nesse tempo-espaço.
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Beijos, carinho e...
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FELIZ ANO NOVO!!!
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terça-feira, dezembro 25, 2007

domingo, dezembro 09, 2007

PERFIL ÀS AVESSAS

Mãos sobre o teclado, um olhar de soslaio, o encontro com o espelho. Sou o que vejo e disso já estou cansada. Escolho pinçar no nome aquilo que quero ser. E saio por aí a sondar inspiração alheia.
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De ti, Adélia, invejo e confesso, mais do que a poética, roubo-te a maturidade, a aceitação mineira do fortuito, do inevitável e da busca no profano o que divino resta. Serena palavra ao encontro de ti mesma de verdade tanta, incontestável manto. Quero como tu, entardecer-me fé
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De ti, Teresa, invejo e confesso, mais do que a visão profética, roubo-te o desejo da morte, se está longe o amado, a coragem santa expondo o próprio ventre, a alegria na agonia da entrega em labaredas ao abraço de Jesus. Espero ao anoitecer-me fé queimar-me na verdade como tu fizeste.
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Nos Campos quanto há mais para se voejar. Roubo-lhes o arejado em rente, a ruptura, o descontínuo espaço. Desconstrução real, falácia verdadeira, verso em espiral. Rima derradeira, traços no papel.
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E o que mais aspirar posso do viver na expressão.
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