Entre duros ângulos
Cruzo os dedos.
Tento vôo de andorinha.
Nem se move a parede,
Nem a sombra que nela pousa.
Entro em giro desertor.
Cruzo ombros.
Lanço um olhar de soslaio.
Nem se move a minha alma,
Nem a ave que nela aterra.
Esvazio a minha mente,
Cruzo em prece as mãos,
Pousando-as sobre o peito.
Nem se move este silêncio,
Nem a chaga que ao coração assombra...
(Continuo dedicando a Anselm Grün)
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