Tenho acompanhado os depoimentos de companheiros e me deliciado ao encontrar afinidades, reencontrar livros que andavam perdidos na minha memória, além de receber ótimas indicações de leitura.
Agradeço à Loba, ao Nel Meirelles e à Borboleta Azul, por terem me colocado nesta interessante roda de leitura.
À entrevista, então.
Não podendo sair do Fahrenheid 451, que livro quererias ser?
Logo que fui convidada a participar desta enquete lembrei-me de três livros. Descartei um deles e não consegui escolher só um entre os dois restantes. Ora quero ser Manuscritos de Felipa de Adélia Prado, ora o Cântico dos cânticos.
Já alguma vez ficaste apanhadinho(a) por algum personagem de ficção?
Muitas vezes. As princesas dos contos de fadas, identifiquei-me com todas. Depois passei a ser a Emília de Monteiro Lobato. O que mais gostava era de me imaginar, tal qual Emília, uma “dadeira de idéias”. Acho que até hoje gosto. Mais tarde, já adulta, tinha por hábito ler antes de dormir. Impressionante é que nos sonhos dava continuidade à história que estava lendo. Na verdade, nunca acertei o desenrolar do enredo, pois meu mundo onírico, a partir do livro, criava outras histórias. Hoje dei de me identificar ou me apaixonar por autores e não mais por personagens.
Qual foi o último livro que compraste?
Sou compradora compulsiva. Então relaciono os do meu último pacote:
O Ser Fragmentado – da cisão à integração de Anselm Grün.
São José, a personificação do Pai de Leonardo Boff.
Poesia liberdade de Murilo Mendes.
Aqui tem coisa de Patativa do Assaré.
Altares Paulistas - Resgate de um Barroco, publicação do Museu de Arte Sacra de SP.
Qual o último livro que leste?
O Ser Fragmentado – da cisão à integração de Anselm Grün, convite ao mergulho em nossas próprias profundezas.
Que livros estás a ler?
Leio tantos ao mesmo tempo que até fico um pouco envergonhada ao responder, mas sinceridade...
São José, a personificação do Pai - a reflexão de Leonardo Boff , baseada em vasta bibliografia sobre São José, atualiza o significado deste santo para os dias atuais.
Poesia Liberdade traz o prazer na insubordinação elegante e lírica de Murilo Mendes.
Funções da Linguagem de Samira Chalhub, para perceber, um pouco, as possibilidades tantas do uso do código poético.
Mulheres de palavra – Adélia Prado, Hannah Arendt, Cecília Meirelles, Simone Weil, Teresa de Ávila, coletânea de reflexões sobre a obra destas mulheres, organizada por Maria Clara Bingemer e Eliana Yunes
Murilo, Cecília e Drummond – 100 anos com Deus na poesia brasileira, transcrição de um seminário realizado pelos departamentos de Letras e de Teologia da PUC-Rio sobre a espiritualidade presente na obra dos três poetas, organizada por Eliana Yunes e Maria Clara Bingemer.
Corpo – Território do Sagrado de Evaristo Eduardo de Miranda, análise do simbolismo do corpo a partir da perspectiva judaico-cristã.
Dois de cabeceira há vários meses:
O Senhor é meu Pastor de Leonardo Boff.
Os melhores poemas de Amor da sabedoria religiosa de todos os tempos – seleção, apresentação e tradução de José Jorge de Carvalho.
Que cinco (5) livros levarias para uma ilha deserta?
Com tamanha limitação:
Poesia Reunida – Adélia Prado (Siciliano)
Escritos de Santa Teresa de Ávila (Edições Carmelitanas e Edições Loyola)
A Bíblia Sagrada, fonte de inspiração diária.
O imprescindível Huaiss.
E já que não posso levar nenhum CD, Chico Buarque do Brasil organizado por Rinaldo de Fernandes.
Bem escondidinho, o meu caderno, um estojo com lápis, borracha e apontador.
A quem vais passar este testemunho e por quê?
Bia - letracriada.weblogger.terra.com.br
Júlio Castro - oinventario.blogspot.com
Kathy - atravesdemim.zip.net
Porque gostaria de saber de onde os três tiram inspiração para tão instigantes escritas.
Bia, Júlio e Kathy, meus queridos, é só copiar as perguntinhas que aí estão, respondê-las e matar a nossa curiosidade.
Beijos, carinho.
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