quarta-feira, fevereiro 23, 2005

O ALPENDRE

Muito pano pra manga
Um bule de café boca de pito
Cadeiras de vime ou palha
Tem até som de viola
Sofrida sina cabocla
Desafinando em terças
Trazendo cheiro de mato
O tempo parou neste alpendre
Almas em simples prazer
Afogadas no reencontro
A reacender a fogueira
Grilos fazendo coro
O pio da coruja confirma
Conversa jogada fora
Sentido calando dentro.

Quanto mais mato a saudade
Mais a danada aumenta.

(Dedicado a Almir Sater)
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