sexta-feira, fevereiro 25, 2005

CANTA COMIGO O MEU REFRÃO

Afivelo as malas da covardia e montada nas asas dos ventos
vou de encontro à barreira do nada.

...................................................................voa-vida-visa-o-vento
...................................................................vinte-vezes-vent-o-ar

Os compromissos se perdem.
Os desafetos se ralam
e as aparências das coisas desaparecem
nas transparências do medo.

É assim, mansamente que a caçada começa.
Despojada do absoluto, sem lembranças,
sem a prepotência antiga
vou saindo do passado.

Não é a placidez o que busco.
Nem a esperança de uma ação lúcida,
nem tão-pouco o sentido do universo
(o que na verdade é tão pouco).

Agora só ouço a dança na praça, não nego
o começo do sangue, não vejo a cabeça que se foi.

Afivelo as malas da fantasia, acomodo as miçangas no cinto
e nem sinto a presença da posse.

...................................................................voa-vida-visa-o-vento
...................................................................vinte-vezes-vent-o-ar


***

Loba, seu presente...
É só resolver com quem e sair cantando.
No sábado ensolarado... Feliz aniversário!




Nenhum comentário: