Por onde andavam minhas idéias
Enquanto falavas dos signos
Em que metáforas me escondia
Enquanto tentavas mostrar
A serventia dos sinais
Em que interrogações me metia
A ponto de não escutar
O que enlevado dizias
Sobre a beleza gráfica
Pousada num texto qualquer
Hoje sinto tua falta
De teu amor à gramática
Me arrependo dos devaneios
Das exclamações reticentes
De ser pega te acenando
Para poder depois colar
Por onde é que te escondes
Em que aspas te emaranhas
Sem fôlego desassossegados
Trôpegos qual bêbados tontos
Andam meus versos a esmo
Como começar o suspiro
E recuperar teu desejo
Se nem sei usar os dois pontos
(Dedicado à Márcia Maia que nunca perdeu uma aula nessa vida)
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