quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Em uma noite qualquer

o celular dispara.
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- Oi!
- Li seu último poema.
- Que tal?
- Bonito! E fez com que eu pensasse muito.

- Pensasse?
- Em quem teria inspirado tão belos versos...
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As reticências a deixaram em estado de alerta.
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- É uma observação ou uma pergunta?
- Quê?
- Você está querendo saber quem é o meu muso. É isso?
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Afinal, havia assumido o compromisso de ser direta.
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- Bem...
- Se você fosse mais atento, já saberia.
- Eu leio você com muito cuidado.
Vejo possibilidades literárias no que escreve. Mas hoje só queria saber...
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Sendo o silêncio tão prolongado, desistiu de esperar que ele completasse a frase.

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- Então leia o meu próximo post.
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Furiosa, desligou sem nem ao menos se despedir.
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- Tonto!
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Agora o tinha nas mãos. Deixou de lado a objetividade.

Passou a retocar antigas imagens. Pousou as mãos sobre o teclado.
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A brincadeira estava apenas começando.
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... //...
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(Meus agradecimentos à menina pelo empréstimo do "Tonto!")
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