sábado, março 25, 2006

À SENHORA DAS DORES

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De muita dor meu cantar.
Amargura que o sofrimento da cria
Provoca no escavado da gente.
Angústia frente à impotência,
Punhal cravado na carne,
Olhos secos de aflição.
Mas tu ouviste meu pranto.
Teu olhar fixou-se em meu peito,
Arrancaste de lá meu tormento.
Quando contemplei tua imagem
Toda vestida de roxo,
Eras o semblante da dor.
A adaga, tu a enterravas
Em teu próprio coração.
Lágrimas na minha face
Teimavam em não escorrer, pois
Tu as choravas por mim.
Qual promessa aspergida,
De ti emergia esperança.
Oh Mãe, Senhora, Maria!
Jamais posso esquecer:
Em meu lugar tu sofreste.
És ícone e presença.
És a verdade do amor.

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