quarta-feira, maio 24, 2006

inominável

semana de desmarcar
reorganizar
concentrar compromissos
fabricar e deixar que amanheça
um dia
.
frio, neblina
ou seria a fumaça do café
camadas da expectativa
a rotina dos jornais nos jornais
que logo cedo desbotam cena tão planejada
.
mais um dia
mais um ou quantos dias
estarão presos às paredes
o movimento dos véus e das cores
e a bailarina musa
.
tantas dívidas sem cobrança
tanta injustiça caiada
mortes sem dono ou cuidado
tanta trabalho a ser feito
cuidar de celures e baterias...
e o poder público
interrompe a energia
tentando mostrar serviço
ou o poder sem poder
.
em meio ao vai-e-vem da moeda
ironicamente
o órgão que deve clarear
apaga o poeta da luz
.
(... francamente, eletropaulo, vá estudar um meio para impedir que os presidiários recarreguem as baterias dos celulares e/ou vá estudar uma forma para ajudar o MASP a saldar a dívida. não nos prive de alegria, arte e poesia. estamos tão precisados...)
.

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