sábado, janeiro 28, 2006

Nos tempos da Maria Fumaça

Santo Inácio
Jacaré
Angico
Monjolinho
.Nosso trem
Tem sede e fome
Bebe água
Na parada
Põe mais lenha
Na fornalha
Faz ferver essa caldeira
Por favor
Mestre foguista
Tenho pressa de chegar
.
Santo Inácio
Jacaré
Angico
Monjolinho
.

Passa boi pensando na vida
Passa pé de manga cheirosa
Passa a casa da fazenda
Varandas em floração
Tem rio apostando corrida
O lago refresca o olhar
Reflete a luz e a paz
Lá vem o colono tranqüilo
Voltando do cafezal
P’ra co’as galinhas jantar
O sol se pondo na encosta
Dormitando nos dormentes
Os trilhos traindo as trilhas
Da virgem mata intocada
Apita na curva
Resfolega
Sobe o morro devagar
P’ra mais à frente engatar
.
Santo Inácio
Jacaré
Angico
Monjolinho
.Já vejo a torre da Igreja
Do Bom Jesus ouço os sinos
Bênçãos da cana verde
Os acenos na porteira
Das crianças penduradas
Indicam que já está perto
Agora seu maquinista
Mostra que é especialista
Puxa a alavanca com força
Olha, está cheia a estação
Anuncia a nossa chegada
Capricha no último apito
Contente escuto em refrão:
O nome
da cidade
amada
Onde o mais simples
ribeirão
é
bonito
.
.(Dedicado à Eliane, caipira daquelas bandas)
.

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