Dim-dóim!
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Virou-se para um lado.
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Dim-dóim!
Dim-dóim!
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Virou-se para o outro lado e puxou a coberta.
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Dim-dóim!
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Não! A campainha não fazia parte do sonho. Sentou-se na cama. Entre resmungos esfregou os olhos. Nem imaginava quem ousaria acordá-la.
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Dim-dóim!
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Abriu a porta topando com um enorme buquê de rosas. Bocejando arrancou-o da mão do entregador e rapidamente bateu a porta com força.
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E precisava me acordar tão cedo?
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De tão irritada até esqueceu de dar uma gorjeta para o espantado rapaz.
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Voltou para a cama. Tentaria reatar o sonho interrompido. Afinal, nele o Tonto a abraçava amorosamente, numa cena digna de roliúdi.
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Das rosas, lançadas sobre o aparador, escorrega um cartão grafado com letras miudinhas, embora firmes.
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Não sei quem inspira seus versos.
Sei quem inspira minha vida. Você.
Com amor,
Tonto.
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